Copas
21 de fevereiro à 21 de março
22 de junho à 22 de julho
22 de outubro à 22 de novembro
Paus
22 de março à 22 de abril.
23 de julho à 23 de agosto.
23 de novembro à 20 de dezembro.
Ouros
21 de dezembro à 21 de janeiro.
23 de abril a 20 de maio.
24 de agosto a 20 de setembro.
Espadas
22 de janeiro a 20 de fevereiro.
21 de maio a 21 de junho.
21 de setembro a 21 de outubro.
Alguns estudiosos do tema consideram que os quatro naipes também podem ser associados aos períodos de um dia ou de uma vida, sendo atribuída a cada um deles a regência de ¼ dessas extensões do tempo. O ás de cada naipe rege a primeira semana da estação do ano a ela relacionada. O rei tem a segunda semana sob sua influência, seguida pela dama, que rege a terceira. As regências se sucedem na ordem decrescente, até o dois, que domina a última semana da estação.
Elementos - Os naipes representam os quatro elementos da natureza e os signos zodiacais a eles relacionados. Ouros, por exemplo, estão ligados ao ar (signos de Gêmeos, Libra e Aquário); Paus, ao fogo (Áries, Leão e Sagitário); Copas, à água (Câncer, Escorpião e Peixes); Espadas, a terra (Touro, Virgem e Capricórnio). Também estão associados à classificação estabelecida por filósofos a Antiguidade quanto à natureza humana: colérico, sanguíneo, fleumático e melancólico (hoje em dia, respectivamente, inteligência, intuição, compaixão e depressão).
Dualidade - cartas vermelhas e pretas - As cartas vermelhas são geralmente associadas às características femininas, passivas, yin; as pretas relacionam-se, em geral, às características, masculinas, ativas, yang.
O número 12 - As 12 cartas contendo figuras são aos 12 seguidores encontrados em religiões e mitologias ao redor do mundo (os 12 apóstolos, os 12 deuses do Olimpo).
O número 13 - As 13 cartas de cada naipe representam os 13 meses lunares do ano, as 13 semanas de cada estação e os 12 meses anuais adicionados à unidade do ano.
A tríade - As três figuras -- rei, dama e valete -- são associadas simbolicamente às trindades existentes em várias religiões, como a egípcia (Osíris, Isis e Hórus) e a céltica (Belinis, Taranis e Hesus).
Quarenta - As 40 cartas numeradas do baralho remetem-nos a numerosas passagens da Bíblia. Moisés liderou seu povo numa viagem de 40 anos até a Terra Prometida e passou 40 dias no monte Sinai; Elias isolou-se por 40 dias, mesmo período que Jesus usou pelo deserto. Cristo pregou ao longo de 40 meses e também permaneceu 40 horas na tumba, antes de ressuscitar. Além disso, 40 semanas são, normalmente, o período de gestação da mulher até dar à luz ao bebê.
A princípio, pode parecer que as cartas do baralho comum são apenas uma versão mais pobre do tarô, de onde seriam eliminados todos os arcanos maiores e os cavaleiros. Os estudos atuais, porém, levam a uma conclusão diferente: trata-se de dois produtos com identidades próprias. Não é necessário, por exemplo, jogar o tarô com os arcanos menores - o simbolismo dos maiores já fornece respostas suficientemente completas, e nesse caso as demais cartas servem apenas para enfatizar certos significas. O baralho comum, por sua vez, é fundamentalmente lúdico ao trabalhar com sequências de números e séries de naipes. Além disso, há várias características simbólicas ligadas às quantidades numéricas expressas pelo baralho comum - 52 cartas divididas em quatro naipes, com 13 cartas cada uma, etc. Por tais razões, imagina-se que os arcanos maiores teriam sido acoplados às cartas do baralho comum (às quais se adicionaram mais quatro lâminas), pelos séculos XIV e XV, como forma de disfarçar seu flagrante conteúdo simbólico e divinatório das garras da Inquisição.
A preparação para a leitura
A consulta a qualquer oráculo requer alguns cuidados especiais. Toda leitura deve se realizar em ambiente tranquilo, reconfortante e que transmita ao consulente a mais absoluta confiança. É aconselhado o uso de incenso para "limpar" o ambiente. Quando se faz uso de um oráculo, o que buscamos são meios de estabelecer contato com nossa porção inconsciente, que na verdade possui as respostas a todas as nossas dúvidas.
A escolha do baralho
Todos os estudiosos são unânimes em afirmar que o baralho utilizado na cartomancia deve ser empregado exclusivamente com essa finalidade. Convém que seja um jogo novo e que também seja manuseado apenas pelo cartomante e por seus consulentes; não deve ser emprestado, pois, assim como deixamos nas cartas nossas impressões digitais, também as deixamos marcadas com nossas "impressões psíquicas". O baralho usado com fins divinatórios deve ser guardado num lugar fixo, preferencialmente uma gaveta ou prateleira escura, envolvido num pano ritual (que serve de toalha para as leituras) ou numa bolsa de pano cosida à mão. Esses "campos magnéticos" mantêm a sabedoria das cartas revelada a cada leitura. Alguns estudiosos recomendam a confecção de uma caixa de madeira com a finalidade exclusiva de servir de estojo ao baralho divinatório. Antes de usar um baralho pela primeira vez, convém que o consultor embaralhe-o e corte-o por diversas vezes para "despertá-lo". Quanto mais intimidade houver entre o cartomante e as cartas, melhor estas responderão a suas perguntas. Todas as vezes que empreender uma leitura, o consultor deverá embaralhar as cartas para dissipar qualquer influência energética da leitura anterior.
Escolha das Cartas
O baralho é sempre oferecido para o consulente, que embaralha as cartas novamente, coloca-as no centro da mesa e corta-as três vezes, preferencialmente com a mão esquerda (alguns estudiosos fazem essa recomendação porque a mão esquerda estaria ligada ao hemisfério direito do cérebro, mais intuitivo, além de ser o lado esquerdo considerado o lado "do coração"). O consultor recolhe-as num único maço e as dispõe em leque, com as figuras voltadas para baixo. O consulente vai retirando as cartas que escolhe e colocando-as uma sobre a outra, com os desenhos voltados para baixo, em número suficiente para responder às suas questões. Em seguida, entrega ao consultor as restantes, que são postas de lado e, por fim, o maço com as cartas escolhidas (pode-se também usar o baralho todo). O cartomante procede então à leitura, puxando as cartas estritamente pela ordem que foram escolhidas pelo consulente, ou seja, a última carta do maço (com a face voltada para baixo) e suas subsequentes responderão à primeira pergunta depois a segunda e assim por diante (para cada questão será usado um determinado número de cartas, de acordo com o método de leitura escolhido pelo cartomante).
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